Mas ainda posso sentir a paz daquela tarde ensolarada, o toque dos meus pés na terra morna no cantinho do quintal, perto da pitangueira. Não fazia idéia do que ia me acontecer. Era só eu , minha paz e shangrilá...minha cachorra boxer dentuça. Usava polainas. E não havia mais nada.
Aquele menino de olhar desconfiado e destemido com uma flor de hibisco na mão cuidava de mim, e me chamava. Eu ia. Tinha cheiro de alfazema e nunca , que eu me lembre fazia frio...era sempre sol, vento morno acalentando eu e o menino de olhar desconfiado
e destemido.
Eu juro que não havia mais nada.
5 comentários:
"mas se me der na telha eu sou capaz de enlouquecer... e mandar tudo praquele lugar e fugir com você pra shangrilá!"
rita lee e polainas me lembra mesmo uma época que não havia mais nada... só vento morno, só sempre sol, só inocência, só.
a troca é justa, agora há muito mais, a paz de antes também está ainda, e o vento frio equilibra o calor de outros tempos. agora é mais. e amanhã... será mais e melhor. sempre. sem fim. assim, cíclico e fascinante. improvisado e mágico. único.
a janela que consome os seus sentidos é da cor da janela que consome os sentidos de outro menino... lindo. lindas janelas essas que se abrem do nada pra tudo.
Tali e lindíssimas palavras , completando o que sinto.
Rain, que blog delicioso... A mesma sensação quando estou perto do seu hindu: uma ventania morna.
Li junto com mamãe esse primeiro do menino desconfiado e destemido e nossos olhos encheram-se de lágrimas.
Adorei tudo, principalmente o papel de fundo.
Sua escrita me toca muito.
Quando leio o que escreve, me sinto praticamente você. Por isso, se meus olhos chorarem jorrando lágrimas dos seus, não se surpreenda. Te amo que dói!!!!
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