
O homem japa suava como um porquinho tenro tailandes. Deu nojinho. Gesticulava com as mãos atarracadas e gordinhas: "BY SAFIRA!" Berrava o porquinho, ops! quer dizer o homenzinho sussurrando e os olhos arregalados.
A essa hora já tinhamos descoberto que era feriado de Buda e bastava pegar um tuk tuk e o homem era religiosamente obrigado a nos seguir e nos levar de graça o dia inteiro pra onde quisermos.
O japa Thai dizia: "By gold! By cheap! Then sell five times more!"
Eu, puta, já estava meio de saco cheio daquela voz voz anasalada, e de ter que traduzir aquelas babozeiras todas pro Dani, que bendito seja o meu marido , não fala a porra do inglês (ô linguinha sem arte, sem vida, sem nada).
O sol era quente, o cérebro meio que derretia um pouco de verdade, e o japa man falando sem parar nos meus ouvidos, voziferando, me chuvendo perdigotos com restos mortais de pork nodles pad thai- Repito: puta da minha vida, o viado nos convenceu pelo cansaço. Nos despedimos do pseudo- anão thai com um namastê equivocado budista-ele sorria-dentes podres.Feliz.
Fomos a tal loja foda com safiras produzidas pela escravidão tailandesa, comprar pedras e ouro e ficar ricos no Brasil. Dizia o meu amigo invisível: "Vai , mas saiba que não veio para isso. Voltarás de mãos vazias.Este não é o teu caminho." Fingi que não ouvi, naquele momento eu queria ficar rica. A ganância falou mais alto.
Na tal loja, falei da tal safira e uma tal mulher misteriosa e japa(claro) disse: "Come with me". Dani me olhou forte com um ar de perigo e "fudeu", senti um meio tesão estranho de estar fazendo algo proibido. Fomos.
No esconderijo:
1-O cartão não passava. Problema de limite.
2-Ligamos pro Brasil. Aumentar o limite.
3-O cartão não passava.
4-O clima foi ficando tenso.
5-O cartão não passava.
6-Já passava das 17h. Ia escurecer.
7- A japa nos pressionava. Daniel calmo. Aliviado por não entender a japinha que falava o inglês pegajoso.
8-Tentamos pegar no caixa. Travou.
9-Encarei a japa e disse: "Today is Buda holiday. Those safiras are not our destiny.Let me go in peace."
10-El;a me olhou séria e puta da vida dela: "Goodbye Karla."
Do lado de fora, fim de tarde, o tuk tuk nos esperava dormindo, dormindo, sorriu acordando e disse: "Where now?"
Eu disse: "Home".
Andando pelas ruas mais tarde sentindo a briza quente de cheiro agridoce das barracas, olhamos Bangkok e gargalhamos felizes.
Dani disse: Sua gananciosinha de merda!"
- É você seu ambicioso puto!
- É você..
-Não você...Não...
-Você...
-Você
-você....
5 comentários:
Moral da estória: "Transgredir é bom, mas obedecer é muito melhor!"
COISAS DE KARLINHA.
Moral da estória: "Transgredir é bom, mas obedecer é muito melhor!"
COISAS DE KARLINHA.
hahaha
pq será q isso é a cara de tenório?
Amo.
EStejas aonde for minha amiga amada, siga teu coração. Tu sabes q ele mais q ninguém conhece o verdadeiro caminho.
Te amo e estamos todos da patota ansiosos pela volta d vc dois! Preparando nossos ouvidos para todas as histórias q virão!
Bjos no teu companheiro.Esse Dani q deve estar mais barbudo do que nunca.
Bichinho.
Charutos bichados...
"Safiras are not our destiny"...
Mãos vazias...
Lições aprendidas.
Almas ricas!
"... go in peace"!
A vida as vezes, nos prega. De tão pregado, no momento, não conseguimos olhar grande. Ave luz divina que nos faz andar e, seguir com os nosso bons costumes.
Paivéio!!
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