segunda-feira, 16 de junho de 2008


Cai hoje a chuva: Em grandes gotas gordas chorosas e sedentas por equilíbrio.
Um equilíbrio honesto.
Daqueles de dar dó.

Yago.


Seu Zé fazendeiro
Um cavalo bonito daqueles tinha.
Caiu no poço profundo
O cavalo bonito daqueles
Seu Zé fazendeiro Yago sacrificar ia.
E joga terra no poço (fundo).
Terra
E mais terra
Yago balançando se ia
A terra esvaía
Pro chão
E mais terra.
Ao fim do dia
Yago jazia
Deitado na relva
Coração alado
Da terra subiu Yago pra nunca mais desistir de sua vida de cavalo.
(Para aquele que tem nome de meu irmão).

Potássio.
Potássio.
Potássio.
Todo dia de manhã e bola pra frente!

Que fala da vida.



Aquele que nunca morreu, nunca viveu.
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Da vida eu tenho o canto
Nobre
Disfarçado
Gritado
Esperançado.
Como eu queria inventar palavras de viver!

Que fala da morte.


¨De morrido tem um monte por aí ¨(Manoel de Barros).
Tem vezes
Aquele segundo intruso no meio da distorção
Que eu morro
E morro mais de mil vezes.
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E eu vou morrendo perambulando à procura de um suspiro amigo...
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Sem causa nem quê vem a vontade de morrê.

Solidão.


Aquela que me resgata de mim mesma.

São Paulo te um quê de café com canela....Canela inteira e não em pó.

É como se tudo o que viesse de fora não tocasse tudo o que se passa aqui dentro.


Só mais um gole
Do seu golpe
Toque-me
Singela nasce a dor.

Parada uma vez
Talvez
De uma só vez
Sem cessar o movimento
Contribuição carnal do mais bruto dos tempos
Outrora fui uma pricesa que colecionava mandalas de papel.

Silêncio qualquer pensamento ou palavra diante de tamanha beleza.

Ô meu Deus eu não sabia que se podia conhecer o mundo inteiro!

Pro vento.


Seu vento sopra e não demora
Vento amado me leva agora
Ô meu ventinho querido!
Já era hora
Tinha de ir embora.

A mais bonita.


De uma tribo escondida
Esquecida
Orgulhosa dessa vida
Vaidosa
Com o olhar a comtemplar o mundo
À sua maneira de ser
A mais bonita de todas!