sexta-feira, 28 de setembro de 2007

VIDE BULA


Tem um quê de maracujá neste medicamento.
Aromatizado.
"Esquenta não."_ graceja o doutor.
De vez em quando pode.
E pode mesmo?
Penso eu cá com os meus botões...

Vida pura Puta vida.

Eu queria falar sobre as pessoas que escrevem putarias no banheiro.
Quem são essas pessoas?
Parei num banheiro público em Aparecida e fiz a Agatha Christie- comecei a espionar todos os perfis. Elementar meu caro Watson! que essas mulheres são da vida, desavergonhadas, piranhudas mesmo sem um pingo de moral e decência que saem dando pra qualquer um na esquina!
Perdidas!
Mulheres que sujam a santidade feminna que esxistem dentro delas, fazendo passar vergonha a mãe que tem que assumir ser do mesmo sexo.
Eu ojerizo essa gente que escreve essas imundices nas portas dos banheiros- "pau no meu cuzinho! Tô gozando com a sua porra." Tenho até pudor só de escrever. Sou uma moça direita e com princípios.
Por fim , cansei de espionar essa escória. Pra quê vou perder tempo com essa gente?
Quando eu sai entrou Clarinha dos olhos azuis, pele macia que transpirava pureza.
Uma pureza indubitável.
Pura mesmo.
Coitadinha de Clarinha.
Tão nova.
Tão pura.
Pura demais a Clarinha.
Pura.
Pura.
Pura.
Puta.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Paris.

Tudo resolvido.
Por hoje é só.
Pelo menos por hoje eu posso só pensar no céu claro e na luz mansa sobre o Siena que cega meus olhos , e me traz os tempos de outrora.
Posso pensar em voltar.
A você, minha alma linda, todo o meu amor e nunca a desistência.
Me espera rapaz, que tô voltando, o coração alado, tô voltando pra mudar a tua vida e fazer a nossa história.
Tô chegando pra te dizer que nunca estive sem você.
E que daqui a algumas horas estaremos juntos pra nunca mais separar. pra dizer-te que tudo isso é uma loucura, que vou virar você de cabeça pra baixo, vou te deixar a ferida exposta, os defeitos à mostra e você vai negar.
Mas não tenhas medo amado, quero apenas te mostrar que esse mundo é nosso, até o fim.
Vem comigo vem.....

terça-feira, 25 de setembro de 2007


Hoje eu saboreei o amargo do ódio.

Não existe lei. Não existe justiça.

Existe o sorriso diabólico de um policial federal e o prazer de fazer esperar , degustando e destilando o veneno do pequeno poder.

O de bigodinho escroto sempre trazendo à tona: "Tem alguém aí com a senha menor do que 337?"

Sorria ele trevosamente.

Não existem regras.

Te vira malandro.

Tenta a sorte.

E dá um jeitinho

De resolver burocracia

Com maestria

Fazendo poesia.

Me lembro do moço tarrafiando.
Na beira do rio da estrada.
Enquanto eu chorava todo o meu pranto
Lamentava a dor do desencanto
Exausta.
Foi no dia em que o ano desabrochava a sua primeira primavera.