segunda-feira, 20 de agosto de 2007

E tem também uma melancolia toda sua...


Tem chuva no seu olhar
Tem espaço para quando sorri
Tem gente querendo tocar - e ficar
Água é tudo o que me faz te lembrar.
Tem palavra nas entrelinhas
Tem olhar que brilha e pede:
Faz isso não moço
Faz não que não eu sei voltar atrás
Que comigo é terra, é barro-(é tijolo)
Que ninguém me conhece não moço.
Esse sorriso não é teu
É pra te convencer
É pra te fazer ver
Que o mundo é muito meu
Que eu sou chuva
Presta atenção moço
Vou ficar aqui ( no meu canto )
Me deixa aqui.
E quando a chuva passar
Eu vou me deixar levar
Eu vou me deixar amar.

E tem também uma melancolia toda minha...

3 comentários:

Mamy Dê disse...

Chuva... água
Barro... terra
Chuva na terra
Que cheiro gostoso de terra molhada!

Mamy Dê disse...

Voltei pra acrescentar
uma que pude observar
que a água às vezes é terra
e a terra às vezes é agua.

Ô mundo louco!!

talita disse...

hoje eu vim te visitar...

atrasada como sempre,
molhada de chuva que sou,
correndo atrás do vento,
tempo vem e me leva os minutos preciosos de ficar, de silenciar, de não fazer nada.
de agradecer sua presença no meio da minha dor sozinha.
naquele dia tava gelado no estúdio sem ar condiconado.
naquele ontem demorado que me sufocava de dor, me engasgava de amor, me sucumbia à solidão.
parece que recusei a sua mão, eu sei.
mas só parece, viu?
porque quando o pavio queimou, a cera já desenhava no prato, tua mão acarinhando meu coração.

eu não tô sabendo dançar tão devagar pra me acompanhar...
tem sido assim. dias de tristeza solitária pra mim.
mesmo acompanhada da mão forte desse homem especial.
mesmo observada pela mão pequenina do teu corpo.
eu sou humana e parei um pouco de mostrar o que sempre esteve exposto.
meu rosto molhou, mas as lágrimas eram só minha.
você estava lá no gelado estúdio 7...
você sempre esteve aqui comigo, antes do meu coração pedir pra descer.
e mesmo em silêncio, mais uma vez te agradeço...

mãos pequeninas são gigantes quando vem a dor sozinha.