quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Maria.

Eu gosto da tristeza.
Tristeza mesmo.
Não do tipo que diz:
"Sargitário-Botafogo."
Isso não é tristeza que se preste!
Eu sou mais do tipo Capricórnio-Flamenguista.
Do tipo que gosta dos olhares cabisbaixos e namoros proibidos no escuro do corredor.
Tristeza da alma que mulher traduz com sutil amplitude.
Das que passam nas ruas são as estudantes de informática e pseudo-noviças.
Das que querem subir na vida e achar um homem bom.
Tristeza ambígua-prazerosa.
Eu gosto de gente triste que morre um pouquinho a cada dia e se apaixonam a cada burburinho de adeus.
E o Adeus?
Tem coisa mais linda e mais triste do que o adeus?
O cigarro já no fim , as caixas empacotadas e o último sorriso bobo de cumplicidade.
Tentativa de morte:
"No que me deixou, te espero ir embora e acabo com isso de uma vez."
Solidão.
O café em silêncio, nas ruas o silêncio, em casa à noite o vinho e Dolores Duran em silêncio.
Eu gosto mesmo da tristeza.


E de todos aqueles que deixam a dura realidade adentrar suas almas e ainda sim continuam a lutar pela felicidade.

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